8 de novembro de 2009

Ao Leitor

O que faz um bom homem é o tamanho da sua insatisfação. E o que faz um grande homem é a coragem de sanar essas insatisfações.
No começo achei esse meu pensamento um tanto complicado, talvez confuso, como todas as minhas explicações de mundo. Tempo depois o analisei com cuidado, cuidado esse que posso comparar ao amamentar de uma mãe.
O que podemos definir como bom homem aqui? Talvez a essência da boa e doce crítica cairia como mel.
Não estar contente com uma situação exige de muito do ser humano. Pois é fácil ao tolo abrir sorriso vago e soltar palavras fúteis. Difícil é defender uma tese que vai contra algo.
O bom homem não chega a ser sábio, talvez seja muito um ser triste, ou talvez alegre, ou quem sabe inóspito de existência.
E um grande homem, como chegaria a esse patamar? Talvez eu não devesse usar o talvez para explicar isso.
Muitos dizem por aí que “reclamar” é fácil. Não sei se concordo plenamente com essa afirmação. Quando se reclama com base de argumentos “sólidos”, ah! Isso eu não julgo fácil. Reclamar com sabedoria exige muita inteligência, um conhecimento fundo da situação. Então, seria tolo aquele que reclama sem saber? Bom, não entraremos nesse mérito.
Um grande homem, (não falo de grandes homens da linhagem de Hercules) vai além do confuso entender e discordar. Ele modifica o ambiente, transcende expectativas e faz os acomodados morderem a língua.
Pois bem, tudo isso lido e falado pode parecer ser tão óbvio e infantil.
Mas quais são os homens que param para criticar pensamentos?
Os bons?
Então, que o meu leitor seja um desses.

By Camila Passatuto